O excesso de peso é frequentemente abordado na televisão por artistas e vários produtos são simplesmente vendidos como se o tratamento fosse simples e fácil. Não é.

O excesso de peso é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde, pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica e por várias outras sociedades médicas como uma doença crônica que necessita de um tratamento também crônico, pois causa sérios problemas de saúde e está associada a uma redução da expectativa de vida.

Sociedade Americana de Obesidade (Obesity Society), Associação Médica Americana (American Medical Association), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AAEC).

Mais da metade dos homens brasileiros e ¾ das mulheres estão acima do peso. A obesidade está presente em 1 em cada 4 a 5 adultos no Brasil e os números crescem a cada ano, também em crianças e adolescentes. O grande problema é que excesso de peso aumenta o risco das doenças que são a maior causa de morte: pressão alta, diabetes, doenças do coração e câncer.

Por que uma pessoa tem problemas com seu peso e a outra não tem com estilos de vida semelhantes? Muitas pessoas magras ou com peso adequado comem muitas calorias e são sedentárias e não engordam.

Isso acontece porque o problema da obesidade tem um forte componente genético (os estudos mostram que o excesso de peso é familiar mesmo que os membros da família não vivam juntos). A genética explica até 70% da tendência à obesidade. Isso quer dizer que os indivíduos com uma genética mais suscetível (os que tendem a ter mais fome e gastar menos calorias com o metabolismo) num ambiente que predisponha a ganho de peso (como o da vida urbana moderna) vão ter dificuldade em manter um peso normal. Isso é culpa dos genes, não da pessoa.

Essas pessoas (com excesso de peso) têm diferenças no nível dos hormônios da saciedade e da fome, por isso tendem a comer mais e ter um metabolismo mais lento e quando perdem peso a fome fica ainda maior e o metabolismo ainda mais lento levando ao “efeito sanfona” e reganho de peso. Está comprovado que o corpo tenta recuperar os quilos perdidos depois de perder peso. Temos um organismo de homem das cavernas, que encara uma dieta como falta de alimento não por desejo voluntário, mas por força da natureza, e que nos tenta “salvar da inanição” e voltar a ter mais apetite e comer mais, recuperando a gordura perdida. Triste hoje, isso foi fundamental para a sobrevivência do ser humano séculos atrás. Alimentação saudável é importante, praticar atividade física também, mas pode não ser suficiente. É por isso que o tratamento é crônico, como para pressão alta ou colesterol – mesmo que com medicamentos! Isso pode fazer com que ocorram melhoras da glicose, da pressão, do colesterol, das apnéias durante o sono e da qualidade de vida e redução dos remédios para essas doenças.

Quem é o responsável pelo cuidado do paciente com excesso de peso é o endocrinologista. Existe um esforço para que as residências de Endocrinologia valorizem o ensino da Obesidade em seus curricula. A Faculdade de Medicina da USP (de São Paulo) é um exemplo Nacional no ensino da Obesidade (grupo chefiado pelo Dr. Marcio Mancini). Outros profissionais podem ser envolvidos no tratamento, sendo fundamental o nutricionista e se necessário o encaminhamento, conforme a orientação do endocrinologista  para psicólogo.

Sociedade Americana de Obesidade (Obesity Society), Associação Médica Americana (American Medical Association), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AAEC).

Rua Mato Grosso, 306 – Cj 1108
Higienópolis – São Paulo - SP
CEP 01239-040

Telefones:
+55 11 2114 6212
+55 11 2114 6213